Toda mulher já passou por um
momento de neurose. Inclusive esta que vos escreve. Mas será que isto é
realmente normal?
Pessoas crescem, passam por
momentos em suas vidas, modificações naturais no corpo. E então se estressam
por não caberem mais naquela calça de cinco anos atrás ( que também sofreu suas
alterações por lavagens etc) ou querem entrar naquela roupa que viram na
vitrine com dois números menores do que seu (numeração esta que depende também
do tecido, fabricante, etc.). Afinal, como uma frase que eu vi no Facebook: As
roupas são feitas para as mulheres vestirem, ou as mulheres que tem que se
“fazer” para servirem nas roupas?
A impressão que dá é que as
pessoas tem a obrigação de achar que estão gordas e precisam emagrecer.
Inclusive tenho visto muitas mulheres
realmente magras, reclamando de “uns pneuzinhos”.
Existem algumas ações muito discretas de plus size por aí, mas
discretas mesmo. Algumas até catastróficas. Não existe exemplo melhor do que a
campanha da Preta Gil, para a C&A.
As fotos foram descaradamente
manipuladas não só “emagrecendo” a artista como também “clareando” a cor da sua
pele. Afinal, que raios de campanha sobre a
real beleza é esta se manipulam mal e porcamente a imagem de uma moça
conhecida?
Outro dia vi em um site, uma
matéria de uma moça que diz ter
355458812 plásticas, e deu de presente para sua filha de 07 anos um
“vale” lipoaspiração
Por outro lado, é claro que as
pessoas precisam comer alimentos saudáveis e fazer exercícios. Isso faz bem
para seu corpo, sua mente e saúde. Tenho uma amiga que é magra, e mesmo assim
faz academia. Outra que aderiu as corridas, tá cada vez batendo um recorde
atrás do outro. Mas fazem isso por bem estar. A perda de peso é
consequência. Nada de dietas malucas
(que eu mesma já me dispus a fazer).
Escolhi como meu auto presente de
natal e aniversario um ensaio fotográfico. Em um primeiro momento pensei em uma
coisa assim bem capa da revista nova, sexy e etc. Estava me programando para o
mês anterior fazer uma dieta espartana.
Só que no dia que fui conversar
com os fotógrafos, me deu um estalo. Do que adiantava pagar caríssimo para
fazer o trabalho com profissionais de ponta, se no final das contas o resultado
seria as pessoas olharem e falarem “ essa não é você?”.
Cheguei a conclusão que se quero
algo para poder guardar de lembrança, não pode ser algo fake. Tem que ser eu.
Tenho confiança que os fotógrafos que eu contratei saberão encontrar meus
melhores ângulos, encontrar a melhor luz, para que no final o resultado seja
“Como a Juliana é bonita” . Do jeito que eu sou.
Não estou fazendo aqui a apologia a engorda ou ao sedentarismo. Meu problema é com a Neura nossa de cada dia.