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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Porres ...


Meu primeiro porre segundo relatos da minha família, foi quando eu tinha mais ou menos 8 anos. Eu morava em uma rua daquelas que a gente “ sai pra brincar” com vizinhos, e que hoje praticamente não existe mais. Era Natal, eu já tinha a tal “boca santa” e eu ia de casa em casa filar a ceia, acompanhada com meu primo que na época deveria ter uns 19 anos.Quando passamos na casa da namoradinha dele, ele sumiu. Eu por minha vez bebi o que parecia ser uma Soda, mais conhecida hoje como sprite em um copo pra lá de charmoso. Depois não lembro de mais nada só lembro de ter acordado com uma dor de cabeça estupenda. Tá não foi tão porre assim.
Depois disso passei um longo tempo longe das bebidas , cheguei a experimentar algumas coisas, mas o sabor não me agradava, com exceção do vinho e da champagne.
Quando estava com 23 anos morava sozinha. Uma amiga minha estava na minha casa com o priminho tarado dela de 15 anos. Resolvemos comprar uma garrafa de vinho, aquele São Tomé, e em uma determinada parte da conversa comecei a falar de um amor platônico que eu nutria por um chefe meu (pra variar) e começei a beber, beber e a última coisa que eu me lembro é de ter ficado deitada na cama e vomitando. Minha amiga depois me contou que teve que dar banho em mim, bater no priminho tarado que queria por que queria ficar nesta função (e olha que ela por pouco não deixou pois começei a cantar Ne me quitte pas no chuveiro ). Além de ter dito um monte de coisa que eu até hoje não me lembro de ter contado, mas eram coisas tão confidenciais que ela não sabia.
Fiquei de novo um bom tempo longe dos porres homéricos, quando no aniversário de uma amiga.. Bem, eu tinha acabado de levar uma bica (variando novamente), o lugar tocava rock, mulher era free e era open bar. Sabia que era uma mistura explosiva, mas se eu não fosse, com certeza minha amiga me daria um sopapos. E aconteceu o previsto. Bebi na tentativa de esquecer, mas segundo relatos da minhas amigas eu ficava na concorrência com os caras da banda pra ver quem gritava mais. As vezes meus graves ficavam maiores e ao invés de Camilaaaa o que o povo escutava era Carmellllllllllloooooooooooooo. Alguém ficou comigo, eu dei meu nome errado mas o telefone certo. Sei disso porque me ligaram no dia seguinte perguntando de alguma Adriana . Eu não lembro a cara do cidadão, mas como minha amiga-mãe Juliana Caroline falou que ele era horrível (uma vez que ela também quase deu uns catiripapos nele quando ele queria me levar para lugares mais afastados, ela me puxava pelos cabelos), falei que era engano.
A Carol só descuidou de mim quando começei a vomitar(porque se ela vê alguém vomitando, vomita junto) foi ai que encontrei uma amiga (que nunca vi na vida) e entre uma vomitada minha e uma vomitada dela contei a história do Carmelo.
E meu ultimo porre foi no estacionamento perto da faculdade. Vi o pessoal da faculdade em peso lá, fui ficando....a última vez que vi alguém que conhecia e que não era o Padô foi pra falar eu vou embora com o Padô.
Depois disso só pequenos flashs. Eu amiga íntima de um povo que eu nunca vi na vida, eu ter virado pro Padô e pergutado “Esse bar que eles querem ir é mesmo pro nosso lado? “( a última vez que eu vi o Padô, é bom dizer) eu ter conhecido mais uma outra galera, e por fim eu dando 5 reais para o taxista. (Sim, o bar era perto da minha casa).
No dia seguinte da faculdade em cada curva encontrava alguém me cumprimentando e eu com sorrisinho de miss dando “tchauzinho”. Minhas colegas perguntavam quem era mas eu não sabia responder. “Mas a pessoa te chamou de Trinci!!!!”. Nunca tinha visto na minha vida.]
Desde então parei de beber. Dava trabalho para minhas amigas, ligava para ex namorados , pagava micos e PRINCIPALMENTE engordava. Isso sem falar que minhas grandes paixões ficavam no piloto automático, pois todas as pessoas que testemunhavam meus porres sempre sabiam com quem eu saia, ou tinha deixado de sair.

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