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sábado, 23 de novembro de 2013

A neura nossa de cada dia

Toda mulher já passou por um momento de neurose. Inclusive esta que vos escreve. Mas será que isto é realmente normal?

Pessoas crescem, passam por momentos em suas vidas, modificações naturais no corpo. E então se estressam por não caberem mais naquela calça de cinco anos atrás ( que também sofreu suas alterações por lavagens etc) ou querem entrar naquela roupa que viram na vitrine com dois números menores do que seu (numeração esta que depende também do tecido, fabricante, etc.). Afinal, como uma frase que eu vi no Facebook: As roupas são feitas para as mulheres vestirem, ou as mulheres que tem que se “fazer” para servirem nas roupas?
A impressão que dá é que as pessoas tem a obrigação de achar que estão gordas e precisam emagrecer. Inclusive tenho visto muitas mulheres  realmente magras, reclamando de “uns pneuzinhos”.
Existem algumas ações  muito discretas de plus size por aí, mas discretas mesmo. Algumas até catastróficas. Não existe exemplo melhor do que a campanha da Preta Gil, para a C&A.
As fotos foram descaradamente manipuladas não só “emagrecendo” a artista como também “clareando” a cor da sua pele. Afinal, que raios de campanha sobre a  real beleza é esta se manipulam mal e porcamente a imagem de uma moça conhecida?
Outro dia vi em um site, uma matéria de uma moça que diz ter  355458812 plásticas, e deu de presente para sua filha de 07 anos um “vale” lipoaspiração
Por outro lado, é claro que as pessoas precisam comer alimentos saudáveis e fazer exercícios. Isso faz bem para seu corpo, sua mente e saúde. Tenho uma amiga que é magra, e mesmo assim faz academia. Outra que aderiu as corridas, tá cada vez batendo um recorde atrás do outro. Mas fazem isso por bem estar. A perda de peso é consequência.  Nada de dietas malucas (que eu mesma já me dispus a fazer).
Escolhi como meu auto presente de natal e aniversario um ensaio fotográfico. Em um primeiro momento pensei em uma coisa assim bem capa da revista nova, sexy e etc. Estava me programando para o mês anterior fazer uma dieta espartana.
Só que no dia que fui conversar com os fotógrafos, me deu um estalo. Do que adiantava pagar caríssimo para fazer o trabalho com profissionais de ponta, se no final das contas o resultado seria as pessoas olharem e falarem “ essa não é você?”.
Cheguei a conclusão que se quero algo para poder guardar de lembrança, não pode ser algo fake. Tem que ser eu. Tenho confiança que os fotógrafos que eu contratei saberão encontrar meus melhores ângulos, encontrar a melhor luz, para que no final o resultado seja “Como a Juliana é bonita” . Do jeito que eu sou.

Não estou  fazendo aqui a apologia a engorda  ou ao sedentarismo.  Meu problema é com a Neura nossa de cada dia.