Pesquisar este blog

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Novos Eduardo e Mônica? Será?


Todo mundo tem seu homem ideal. O dela seria um cara mais velho. Sério e que a achasse engraçada. Que fosse correto, daqueles que dobram as calcinhas após a transa.Mais alto e que goste de classics rocks. Que de vez em quando puxasse as orelhas dela. Que fosse forte e convicto em suas decisões. Um emprego estável e que tomasse wisk. Que todo mundo o admirasse. Era esse tipo de homem ideal, que a razão dizia a ela que era o que a faria feliz.
Mas o coração. Ai esse corção malandro. Para ele nada disso vale.Não existe distância . O coração é atemporal. Para ele o que importa é o sentimento venha de qual fonte for.
E ela então se viu encantada por alguém mais novo do que ela. Mais precisamente 11 anos. Menor de idade. Seu primeiro elogio foi “eu te acho foda!”mas falou isso com tanta veêmencia tanta paixão,que ficou derretida. A acha engraçada sim. A adora. Acredita que ela é uma boba por achar que a idade faz diferença. Nenhuma menina da idade dele faz ele rir como ela, nenhuma menina da idade dele invade os pensamentos o dia todo. Nunca contou as horas para ver ou ouvir a voz de alguém como quer ouvir a dela.
Ele desconhece Beathes, nunca ouviu falar de Extreme. Enquanto os filmes preferidos dela são do Álmodovar, ele prefere a saga crepúsculo. Vira e mexe um ou outro solta...isso não é da minha época.
Por parte dela vem o medo. O medo de não seguir o mesmo ritmo, o medo de ser passada pra trás ou até de machucar. Mas quando ela escuta a voz dele, com o doce sotaque de menino do rio.... se sente tentada a assumir o risco. E aí? Será que vai dar certo?

Foto Anna Simmons

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

diário de uma gordinha


Primeiro dia de gordinha:

Me pergunto sempre porque eu tive que voltar assim , porque? O que fizeram de mim?

Meu nome é Talita, sou gordinha e desempregada. Dizem que é para amar a si mesmo , mas como?Ninguém quer namorar comigo, ir procurar emprego desanima. Pô, se eu soubesse que seria assim teria ficado aonde estava.

Hoje acordei e resolvi fazer caminhada... ai cansa tanto. Passei na padaria para tomar um café. Ao meu lado no balcão uma moça muito bonita se acabando em um sonho com recheio de chocolate...um que delícia. E eu não posso. Quando peço sempre me olham com cara de nojo.

Segundo dia:

Me chamaram para uma entrevista amanhã, em uma loja de roupas. Não mandei foto. Na verdade se não fosse a insistência da minha mãe eu nem iria. Nenhuma roupa serve em mim. Que coisa triste. E essa chuva que não para aqui em São Paulo....

Terceiro dia:

Nossa. Hoje o dia foi surpreendente. Voltei da entrevista de baixo de um toró. Estava um caco, porque a moça me olhou de cabo a rabo e nem me deu atenção. No ponto , com uma chuva cada vez mais forte, alagou tudo. Subi em um lugar mais alto, para me proteger da enchente. Quando vi, uma menininha estava sendo arrastada. Ninguém conseguia pega-la. Eu fui até lá, lutando bravamente contra as águas e consegui salvar a menininha. Quando a mãe dela me viu, notei que seu olhar não continha, despreso ou chacota, apenas gratidão. Foi o dia mais feliz da minha vida.