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segunda-feira, 7 de março de 2011

Malu e sua dor

Update: Eu já havia escrito essa história há quase dois anos atrás. A Primeira parte pode ser vista aqui . Seria um projeto de um livro, mas resolvi publicar. Mas desta vez não tem nada a ver com meu momento atual.







Um frio daqueles de transpassar as calças e deixar os pêlos arrepiados. Braços cruzados, cabeça baixa. Resolveu apertar o passo. Talvez o frio passasse. Uma cólica insesante.
As idéias em sua mente iam e viam ignorando as propriedades ansióliticas e sedativas que o remédio prescrito pelo psquiatra informava na bula. Uma tristeza profunda...da faculdade que já estava no fim e nada de emprego na área, no curso de inglês que abandonou, os amigos que se afastaram...os poucos que continuaram não queriam mais ouvir no assunto. Se ao menos ela pudesse se entender.
Aos 27 anos não era nem a sombra da mulher que esperava ser quando tinha 17. Na verdade invejava a força e a garra, os sonhos e tudo mais que existia quando tinha 17, como se fosse uma outra mulher, uma outra pessoa.
Não entendia aquele amor estranho. Aos berros ele havia lhe dito que iriam se ver apenas na próxima sexta, e se ela não parace de chorar ele ia mudar de telefones, mudar de casa e tudo.
Amendrontada, Malu chorou, mas tratou de obedecer. Pela graça de Deus reecontrou uma amiga que não via a tempos. Lamentou-se mas resolveu deixar o telefone de lado, tentou conversar com outras pessoas...e aos poucos as coisas foram melhorando.
Quando recebeu o inesperado telefonema de Cristiano sentiu mais medo do que alegria...” Só queria saber como foi sua entrevista..” perguntou de uma forma gélida.
Malu teve vontade de dizer que ela estava perto da casa dele, que ela poderia comprar uma coisa ali mesmo para comer e eles passariam a noite juntos. Mas emudeceu, pois saberia qual seria a resposta. Um monte de gritos, ofensas e acusações do tipo “ Você é mentirosa, não tenho mais nada com você, quero te ver morta...”. Resolveu apenas falar como foi a entrevista,mas parecia que seu interlocutor a colocara para falar com as meias.
No dia seguinte saiu com a amiga que iria viajar e estava super empolgada fazendo compras.
Acabou se sentido empolgada também e curtiu aquele momento. Quando foi dormir esqueceu de tirar o celular da bolsa. De madrugada ao pega-lo viu a mensagem”boa noite”. Simples e sussinta. Mais uma vez ao invés de alegria sentiu medo. Resolver ser sussinta , para não correr o risco de ser acusada de ter rompido o trato. Para você também. E pensou que talvez não haveriam mais mensagens.
Mas no dia seguinte de novo. Voltou de uma festa, o celular de lado. A mesma mensagem. Isso a desastebilizou. Sabia que nos próximos dias iria ficar, mesmo que incôncientimente esperando a mensagem, que não viria.
Foi em um festa, viu primos que não via a tempos, se divertiu. Se sentiu livre, durante o dia inteiro. Mas a noite...a mensagem não vinha. Resolveu arriscar. Mandou ela a mensagem, que foi respondida no mesmo minuto,mas com a mesma frase. Um boa noite do Willian Bonner ia parecer um boa noite de um amigo de infância, perto daquele.
Mas a semana foi passando sem maiores pertubarções. Foi na casa de sua tia e se descobriu chorando porque quebrou uma garrafa de vinho. Depois começou a rir. O primo a olhou desconfiado, pensando talvez que ela tinha ficado louca mesmo. Ele não podia entender que sua felicidade estava justamente no fato de ter afetado seu humor de alguma forma que não tinha nada ver com Cristiano. Ele não podia entender porque ela escondia de todos que ainda estava com ele. Não era medo por falta de aprovação. Era vergonha. Vergonha de ainda estar com ele. ..continua

2 comentários:

  1. Sempre quis escrever um livros, mas não tenho paciência... rs' Obrigada pela visitinha no blog, estou retribuindo!

    http://meninamania-juh.blogspot.com/

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  2. Olá sou da comunidade de divulgação do orkut, vim te da uma força, se puder me siga tb!

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